Identificação de bens imóveis:
- Denominação: Tiro de Guerra de Volta Redonda – TG 01/004.
- Ano da Construção: 1943.
- Localização: Rua Sessenta, n. 699, Bairro Sessenta.
- Época da construção: 1943
- Proprietário: Companhia Siderúrgica Nacional
- Uso Original: Tiro de Guerra.
- Uso Atual: Fechado.
- Autor do Projeto: Desconhecido.
Histórico:
O Tiro de Guerra 01/004 foi fundado com a finalidade de atender às necessidades de prestação de Serviço Militar dos empregados da companhia. Através de convênio do então Ministério do Exército com a CSN, foi criado em fevereiro de 1943, com o passar dos anos os funcionários regularizavam sua situação militar através do serviço obrigatório de 1 ano.
A Entidade chegou a ter turmas com mais de mil soldados, subordinados ao Comando da 1ª Região Militar, também conhecida como Região Marechal Hermes da Fonseca, é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro. Seu nome histórico é uma homenagem ao Presidente Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, que foi comandante dessa Região entre 1904 e 1906.
É uma instituição militar do Exército Brasileiro encarregada de formar atiradores e ou cabos de segunda categoria (reservistas) para o exército. Os TGs são estruturados de modo que o convocado possa conciliar a instrução militar com o trabalho ou estudo, proporcionando a milhares de jovens brasileiros, principalmente os que residem em cidades do interior do país, a oportunidade de atenderem a Lei e prestarem o Serviço Militar Inicial.
A organização de um TG ocorre em acordo firmado com os Municípios (neste caso com a CSN) e o Comando da Região Militar. O exército fornece os instrutores (normalmente sargentos ou subtenentes), fardamento e equipamentos, enquanto a administração municipal disponibiliza as instalações. Aqui em Volta Redonda quem era responsável pela direção era a CSN.
A origem dos tiros de guerra remonta ao ano de 1902, com o nome de linhas de tiro, quando se fundou no Rio Grande do Sul uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares esta, a partir de 1916, no impulso da pregação de Olavo Bilac em prol do serviço militar obrigatório, transformou-se, com o apoio do poder municipal, nesse tipo de organização militar destinada à formação de revistas brasileiros.
Um dos objetivos dos Tiros de Guerra é a formação de cidadãos cônscios sob os seus direitos e deveres na sociedade onde estão inseridos, transformando-se como verdadeiros elementos modificadores das duras condições das regiões em que residem, consistindo-se como centro de formação das futuras lideranças comunitárias e municipais querem no campo da política, da educação, da governança, da iniciativa privada, ou seja, cidadãos que terão franca e intensa participação no desenvolvimento regional e nos benefícios sociais que se desdobram com essa possibilidade.
Uma grande vantagem dos municípios que possuem Tiro de Guerra é poderem contar com um eventual apoio, mediante autorização do Exército, nos casos de calamidades públicas, catástrofes (podendo ser ou não por causas naturais), na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Controle de Distúrbios Civis e outras perturbações que justifiquem o emprego de tropas federais na região, além de atividades de colaboração com a Defesa Civil, uma grande escola de formação moral, cívica, ética, social e patriota.
A maior intervenção do Tiro de Guerra, juntamente com o Exército, foi na greve de 1988 quando a CSN ainda era uma Empresa Estatal classificada como ASN (Área de Segurança Nacional).
O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda (RJ), que já dirigira greves históricas dos metalúrgicos da CSN, se dividiu. A nova diretoria, ligada à Força Sindical, adepta do chamado sindicalismo de resultados, apoiou a privatização. A oposição sindical, alinhada com a CUT, propôs a autogestão da empresa e desenvolveu ações de resistência ao leilão, mas não conseguiu impedi-lo. Liminares concedidas pela Justiça em ações movidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por parlamentares, que impediam o início do leilão, foram cassadas no mesmo dia.
As atividades do TG 01/004 de serviço militar por 1 ano, foram concluídas em1971,e por 9 anos ainda perduraram passaram a ter prazo de 6 meses, até queforam encerradas definitivamente, no final da década de 1980 quando a estatal foi privatizada, e o TG foi absorvido pelo município vizinho de Barra Mansa.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 3893 de 01/10/2003 no Livro de Tombo Histórico – Registro: n°0013. Preservação de suas características arquitetônicas originais.