Identificação de bens imóveis:
Histórico:
De propriedade do Clube dos funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional, foi fundado em 27 de Fevereiro de 1959.
Sua inauguração foi festejada e noticiada até mesmo pelos jornais da então Capital Federal, a cidade do Rio de Janeiro, o comentário é que este seria um dos maiores cinemas do país.
A ideia da diretoria do Clube era de fazer um cinema de luxo na cidade, tanto que por muito tempo, só era permitido frequentar o local de terno e gravata. Só com o passar dos anos, o espaço foi se popularizando.
Considerada atualmente a maior da América Latina, seu nome remete à data da fundação da Companhia Siderúrgica Nacional.
É uma das poucas salas de cinema “de rua” que se encontra em atividade no Estado do Rio de Janeiro.
São 1.650 m² de área e 1.505 poltronas distribuídas em 2 andares. Hoje em dia, além da projeção dos tradicionais filmes, ocorrem peças teatrais, espetáculos musicais e colações de grau.
Proteção Legal:
Primeiro imóvel tombado pelo município, e também pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural). Tombado pelo Decreto Nº 2.070 de 06 de Novembro de 1985; INEPAC – Nº e-03/18147/88 (provisório).
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
Em 1° de maio de 1953, Dia do Trabalho, quando de sua visita a Volta Redonda, então distrito de Barra Mansa, Getúlio Vargas autografou o projeto apresentado pela Comissão Pró-Monumento Presidente Vargas em uma solenidade ocorrida no Sindicato dos Metalúrgicos.
A obra foi iniciada em 2 de fevereiro de 1954, sob a coordenação de Hildegardo Leão Velloso, escultor responsável pela execução do projeto e profissional indicado pela Comissão Promotora. O então presidente Getúlio Vargas, também lançou a pedra fundamental desta importante obra.
Embora as placas de inauguração registrem a data de 24 de janeiro de 1957 a Praça Brasil foi inaugurada, na verdade,três dias depois, em 27 de janeiro de 1957, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
No Final de 2005, passou por uma reforma total com recuperação de todo o acervo e tratamento paisagístico.
Proteção Legal:
Tombado pela Lei Municipal nº 2.278 de 22/03/1988, pelo seu valor cultural e paisagístico. Livro de Tombo Belas Artes - Registro: n°002.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
A usina de aço, planejada, construída e organizada segundo os padrões técnicos estrangeiro, configura o exemplo mais eloqüente da cooperação entre os Estados Unidos e o Brasil de Vargas. Teve sua fundação em 09 de abril de 1941.
A partir de 1942, inspirada na cidade de Cleveland/Ohio ao redor da Usina de aço, vários bairros, com milhares de casas , vão invadindo e modificando a bucólica paisagem de laranjais e eucaliptos, definindo a Cidade Operária da CSN. Dividida em setores: área comercial no centro, igreja no alto de colina, área de lazer noutro canto, serviços ao longo da principal via, a 33.
A assistência à infância local, foi confiada ao Centro de Puericultura, instalado em vistoso prédio, construído pelo Estado, com a participação da CSN e da LBA (conforme relatado no livro "Volta Redonda a Cidade do Aço" de J. B. de Athayde), sob a direção do Dr. Nelson Cunha.
Em maio de 1948, as obras da usina e da vila operária ficaram prontas: o que se via era uma cidade toda planejada no modelo americano, nas casas com gramado extenso, sem cercas divisórias, e, ainda com energia elétrica.Já na década de 1960, fez-senecessário, devido a grande demanda de assistência social , uma ampliaçãoque resultou o anexo da parte de trás, que foi construído respeitando o estilo arquitetônico da construção inicial, para atendimento da saúde oral, por muitos anos foi utilizado como Centro Odontológico.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 2690 de 15 de outubro de 1991 instituiu o tombamento de valor histórico-arquitetônico, devam ficar sob proteção especial do Conselho Municipal de Cultura, Livro de Tombo Histórico - Registro: n°007.
Para efeito de preservação de suas características arquitetônicas originais.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
O único museu de Volta Redonda, está construído no terreno que foi cedido há quase meio século para o Clube Foto-filatélico, sua sede que hoje abriga o único espaço dedicado à preservação da memória do trabalhismo brasileiro em nossa região.
Clube Foto Filatélico Numismático de Volta Redonda – instituição que já possuía mais de meio século de relevantes serviços prestados a sociedade da “Cidade do Aço” na área cultural.
Colecionador de inúmeros prêmios, muitos deles em âmbito internacional – fruto do engajamento de grandes homens e mulheres que empreenderam suas paixões coletivamente em prol de um movimento genuíno, o Clube, que se propunha a promover as artes fotográficas, filatélicas (coleção de selos) e numismáticas (coleção de moedas e cédulas), garantiu reconhecimento dos poderes municipal, estadual e federal com os inúmeros títulos de utilidade pública e certificações de grande valor social que recebeu nas mais de cinco décadas em que atuou.
Eventos de extrema relevância para a área da fotografia - que viveu seu apogeu durante as décadas que precederam a revolução tecnológica que experimentamos hoje, foram objeto de grande repercussão do nome da cidade de Volta Redonda entre os mais consagrados fotógrafos brasileiros e estrangeiros que viviam em sua essência a efervescência da magia que esta arte proporciona: a de eternizar os momentos. Até mesmo a ONU – Organização das Nações Unidas reconheceu o trabalho dos nossos artistas que realizaram eventos únicos e que marcaram a história da fotografia mundial, como a I Bienal de Arte Fotográfica em Cores do Brasil – uma ousada iniciativa empregada pelo time de craques do Clube Foto da nossa cidade, que foi um dos mais importantes e consagrados Clubes de Fotografia do país.
A “cidade modelo” foi de fato planejada e recebeu inúmeros investimentos inéditos no país, mas, não havia - até meados da virada do milênio - constituído um museu direcionado exclusivamente a organizar todo este conteúdo gerado no auge do período de construção da empresa e da cidade com toda a diversidade dos povos que se miscigenaram criando os “arigós”- expressão usada por muitos historiadores para designar o povo oriundo e fruto deste movimento.
Milhares de fotos, vídeos, áudios e notícias de jornais, rádio e televisão permaneciam espalhados pelos quatro cantos da cidade e fora dela. Alguma parte deste acervo, era mantido pelo Clube Foto-filatélico desde a década de 1970.
A empresa entregue nas mãos da iniciativa privada no início dos anos 90, também possuía um imenso acervo que constitui patrimônio material e que nunca foi disponibilizado à sociedade. Esse acervo é a certidão da nossa memória, que é o nosso patrimônio imaterial.
Em 2012, o Clube Foto-filatélico fundou e mantém desde então em suas dependências, o Museu da Memória do Trabalho Brasileiro - única instituição do tipo na cidade. Reconhecida pelo IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus, mantém acervo que preserva e difunde a história da transformação que o Brasil viveu com o seu ingresso no contexto da industrialização a partir da criação da CSN, que trouxe milhares de trabalhadores de todas as partes do Brasil e do mundo para o então distrito de Santo Antônio de Volta Redonda, criando uma cultura ímpar.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 2780 de 22/09/1992, Livro de Tombo Histórico - Registro: n°001. O edifício foi considerado de utilidade pública Municipal pela Deliberação n. 227, de 06 de outubro de 1959 e Estadual pela Lei n. 1021 de 17/07/86.Preservação de suas características arquitetônicas originais.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
O Município de Volta Redonda no Estado do Rio de Janeiro é o marco da industrialização brasileira e a grande obra do governo Getulista que desde a década de 1940, revelou a ousadia da sua política nacionalista com a instalação da Usina Presidente Vargas.
Antes de 1941, não havia nada em Volta Redonda que pudesse apresentar alguma relevância ou significado, de modo a inseri-la no mapa, mesmo no âmbito restrito da história fluminense. A "Velha Província" - como era chamado, pejorativamente oEstado do Rio de Janeiro - tornara-se no final do século XIX, medíocre, decadente e atrasada economicamente sobrevivendo graças aos favores políticos do Poder Central, sitiado no Palácio Guanabara.
O Colégio Estadual Barão de Mauá, é parte desta história. Obra de Vargas o 1º educandário do ainda 8º Distrito de Barra Mansa, hoje Volta Redonda, inaugurado em 19 de abril de 1943, recebeu o nome do honrado cidadão do Império Brasileiro, o empresário gaucho Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, muito admirado por Getúlio, por ter sido responsável pela construção da primeira estrada de ferro do Brasil ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis e outras três, ligando a Serra do Mar. Fundou a Companhia do Gás e foi idealizadordo Banco do Brasil, tendo falecido no ano da Proclamação da República, 1889.
Há entre Getúlio e Irineu Evangelista grande identidade. Ambos eram gaúchos, políticos, e impulsionadores da modernização do Brasil, ambos revelaram profundo sentimento nacionalista, ousadia, competência e coragem; ambos sofreram pressões violentas por parte de poderosos grupos nacionais e internacionais ávidos de verem seus projetos nacionais naufragarem. A burguesia internacional americana e inglesa foram implacáveis com Getúlio e o Barão de Mauá. O Barão arrastado a falência honrou seus compromissos, doente, minado pela diabetes, só descansou depois de pagar todas as suas dívidas. Já Getúlio Vargas, foi às últimas conseqüências e golpeou os inimigos e desafetos com o interromper de sua própria vida e se transformando no Grande Mártir.
Ambos estão eternizados na memória do povo e idolatrados na História.
Proteção Legal:
Criação da Unidade de Ensino Barão de Mauá da Secretaria Estadual de Educação:
Decreto 1596 de 15/04/1943
Art. Único - Fica criado com denominação de Barão de Mauá um Grupo Escolar, sede do 8º Distrito do Município de Barra Mansa, nos termos Artigo 169 do Regulamento que baixou com o decreto 196-A de 24/12/1936.
Em 1979 passou a Escola Estadual tipo - C.
Em 1982, com a criação do 2º grau, passou a Colégio Estadual.
Lei Municipal n° 2887 de 23/04/1993, Livro de Tombo Histórico - Registro: n°0010. Preservação do patrimônio histórico- arquitetônico e de finalidade.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
As formas do Hotel Bela Vista tornam-no um dos mais belos cartões postais da cidade. Projetado pelo arquiteto Wladimir Alves de Sousa, teve sua obra iniciada em 1942 pela Companhia Siderúrgica Nacional para atender seus fornecedores, funcionários e clientes. Tornando-se um dos mais tradicionais hotéis do Sul Fluminense.
Sua localização encontra-se no mais alto "meia laranja" existente na região, bem próximo a fazenda de Santa Cecília, em área de plano elevado de onde se descortina a Cidade e a Usina Presidente Vargas, caracterizando um bonito cenário que deu origem ao nome do hotel, assim como ao bairro em que se encontra.
São 28.000m² com uma vegetação exuberante, espécimes de pássaros da região e uma vista total da cidade, esta bela construção é um grande marco arquitetônico para a cidade de Volta Redonda.
Foi palco de importantes decisões políticas e econômicas que antecederam a “Era da Industrialização”. Hospedaram-se nele personalidades como os presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek e o então vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, entre outros.
Desde 2005, integra a Fundação CSN, quando foi transformado em Hotel-Escola.
Proteção Legal:
Decreto n° 3.369 de 06/10/1997. Preservação de suas características arquitetônicas originais. Livro de Tombo Histórico - Registro: n°0011.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
O Tiro de Guerra 01/004 foi fundado com a finalidade de atender às necessidades de prestação de Serviço Militar dos empregados da companhia. Através de convênio do então Ministério do Exército com a CSN, foi criado em fevereiro de 1943, com o passar dos anos os funcionários regularizavam sua situação militar através do serviço obrigatório de 1 ano.
A Entidade chegou a ter turmas com mais de mil soldados, subordinados ao Comando da 1ª Região Militar, também conhecida como Região Marechal Hermes da Fonseca, é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro. Seu nome histórico é uma homenagem ao Presidente Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, que foi comandante dessa Região entre 1904 e 1906.
É uma instituição militar do Exército Brasileiro encarregada de formar atiradores e ou cabos de segunda categoria (reservistas) para o exército. Os TGs são estruturados de modo que o convocado possa conciliar a instrução militar com o trabalho ou estudo, proporcionando a milhares de jovens brasileiros, principalmente os que residem em cidades do interior do país, a oportunidade de atenderem a Lei e prestarem o Serviço Militar Inicial.
A organização de um TG ocorre em acordo firmado com os Municípios (neste caso com a CSN) e o Comando da Região Militar. O exército fornece os instrutores (normalmente sargentos ou subtenentes), fardamento e equipamentos, enquanto a administração municipal disponibiliza as instalações. Aqui em Volta Redonda quem era responsável pela direção era a CSN.
A origem dos tiros de guerra remonta ao ano de 1902, com o nome de linhas de tiro, quando se fundou no Rio Grande do Sul uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares esta, a partir de 1916, no impulso da pregação de Olavo Bilac em prol do serviço militar obrigatório, transformou-se, com o apoio do poder municipal, nesse tipo de organização militar destinada à formação de revistas brasileiros.
Um dos objetivos dos Tiros de Guerra é a formação de cidadãos cônscios sob os seus direitos e deveres na sociedade onde estão inseridos, transformando-se como verdadeiros elementos modificadores das duras condições das regiões em que residem, consistindo-se como centro de formação das futuras lideranças comunitárias e municipais querem no campo da política, da educação, da governança, da iniciativa privada, ou seja, cidadãos que terão franca e intensa participação no desenvolvimento regional e nos benefícios sociais que se desdobram com essa possibilidade.
Uma grande vantagem dos municípios que possuem Tiro de Guerra é poderem contar com um eventual apoio, mediante autorização do Exército, nos casos de calamidades públicas, catástrofes (podendo ser ou não por causas naturais), na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Controle de Distúrbios Civis e outras perturbações que justifiquem o emprego de tropas federais na região, além de atividades de colaboração com a Defesa Civil, uma grande escola de formação moral, cívica, ética, social e patriota.
A maior intervenção do Tiro de Guerra, juntamente com o Exército, foi na greve de 1988 quando a CSN ainda era uma Empresa Estatal classificada como ASN (Área de Segurança Nacional).
O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda (RJ), que já dirigira greves históricas dos metalúrgicos da CSN, se dividiu. A nova diretoria, ligada à Força Sindical, adepta do chamado sindicalismo de resultados, apoiou a privatização. A oposição sindical, alinhada com a CUT, propôs a autogestão da empresa e desenvolveu ações de resistência ao leilão, mas não conseguiu impedi-lo. Liminares concedidas pela Justiça em ações movidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por parlamentares, que impediam o início do leilão, foram cassadas no mesmo dia.
As atividades do TG 01/004 de serviço militar por 1 ano, foram concluídas em1971,e por 9 anos ainda perduraram passaram a ter prazo de 6 meses, até queforam encerradas definitivamente, no final da década de 1980 quando a estatal foi privatizada, e o TG foi absorvido pelo município vizinho de Barra Mansa.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 3893 de 01/10/2003 no Livro de Tombo Histórico - Registro: n°0013. Preservação de suas características arquitetônicas originais.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
Pouco se sabe sobre a origem desta fazenda. Segundo Roberto Guião de Souza Lima, já era produtiva em 1820 e nesta época já pertencia a pioneira família Vieira Ferraz. Consta que em 1870 a fazenda ainda pertencia aos Vieira Ferraz através do Capitão Manoel Carlos Vieira Ferraz, que também foi dono, por um pequeno período, da Fazenda Santa Tereza, recebida como herança por sua mulher. Francisco G. de M. Carvalho era seu proprietário no final do século XIX, provavelmente, adquirida por ele dos sucessores do Capitão Manoel Carlos, falecido em 1892, que a venderam, junto com outras duas propriedades – São Thiago e Santa Julia –, ao Dr. Randolfo Augusto Penna de Oliveira. Em 1912, falece o Dr. Randolfo de Oliveira e suas fazendas são herdadas pela filha, D. Carolina Penna Fontenelle, esposa do Dr. Ari Fontenelle (governador do Rio). Com a morte do marido, D. Carolina resolveu vender as propriedades em 1919 ao Cel. Aprígio Alves Barreira Cravo. Oriundo do Ceará, o Coronel Barreira Cravo, depois de várias andanças, empreendimentos e negócios, estabeleceu-se em Volta Redonda onde, além de fazendeiro e empresário, teve ativa participação na vida da localidade durante os mais de 20 anos que antecederam sua morte. Com a morte do Coronel Aprígio Alves Barreira Cravo, a fazenda foi herdada pelas filhas Leonor e Julia Alves Barreira Cravo. A atual casa-sede da Fazenda São João Batista, que teria sido construída pelo dr. Fontenelle, passou por uma grande reforma de recuperação em 1941, quando foram substituídas as paredes de pau-a-pique por tijolos de barro. Atualmente, São João Batista encontra-se dentro da área urbana de Volta Redonda e deu origem a vários loteamentos que se transformaram em bairros dessa cidade, entre eles, Voldac, onde fica a sede da fazenda, Barreira Cravo,Jardim Veneza, Jardim Primavera, São João Batista, e San Remo.
Proteção Legal:
Lei Municipal n°4.252 de 03/01/2007. Preservação de suas características arquitetônicas originais. Livro de Tombo Histórico - Registro: n°012
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
No inicio dos anos 40, a nova cidade surge, a partir da construção da planta da siderúrgica e da vila operária, o local escolhido principalmente por questões políticas e estratégicas foi o 8º distrito de Barra Mansa. Em 1942, a CSN abre o recrutamento de mão de obra para a construção da Usina de Aço. O afluxo de brasileiros, de quase todos os cantos do País que chegaram à futura Volta Redonda, onde mesclavam os traços culturais de diferentes regiões brasileiras, população esta que se constituía de forasteiros.
O intercambio cultural, propiciado por esta convivência, promove uma mescla de usos, costumes e traços culturais. Neste contexto, esta população de trabalhadores e suas famílias vivendo neste espírito inovador e de progresso, ávidos por trocas sociais e culturais, e em busca de atividades artísticas e de lazer.
Em1945, quatro jovens articularam a organização de um Grêmio, sendo Nelson Carneiro (Passa Quatro - RJ) e Orlando Alvisi( Nova Lima - MG) com experiências anteriores em teatro, se juntam a Bernardo Bem Feito e Paulo Fleming para colocar em pratica a idéia do grupo em fundar o grêmio artístico teatral. Em 17 de novembro de 1945, numa das salas de aula do Grupo Escolar Trajano de Medeiros, que um grupo de pessoas, reuniu-se para dar forma e existência legal as atividades artísticas que pretendiam desenvolver.
Em outubro de 1947, foi apresentado sua 1ª peça teatral "A ditadora" eoutras se seguiram na seqüência, todas apresentadas no auditório do Colégio Manuel Marinho. Durante toda a década de 50, o grêmio viveu sua fase áurea, os mais renomados nomes das artes passaram pelo GACEMSS, em concertos, recitais, shows e peças teatrais que eram apresentadas em diversos locais de acordo com a característica do evento. Eram utilizados o Ginásio do Recreio do Trabalhador Getúlio Vargas, o hotel Bela Vista, os Clubes Umuarama e Funcionários, auditório do Colégio Estadual Manuel Marinho, e ainda o Cine Palácio, em Barra Mansa. Foi uma época de consolidação das atividades artísticas e culturais do Grêmio, não somente as atividades teatrais do inicio, mas também a musica, e o cinema.
Finalmente em setembro de 1981, o Teatro GACEMSS inaugurou com a apresentação da peça " O jogo das contas de vidro". Marco importante da historia do Grêmio, que depois de 20 anos sem apresentar espetáculos, renasceu com a inauguração do Teatro e voltou a possuir o seu grupo de teatro, valorizou o cine clube e inaugurou sua galeria de arte.
O GACEMSS nasceu a partir de um pensamento inovador no fomento as artes, sempre mantendo o mesmo padrão de independência, conquistado em parte pelo lado empreendedor de alguns dirigentes, com a construção do conjunto arquitetônico, que ao longo do tempo foi proporcionando renda e propiciando a construção da sede e do teatro e viabilizando uma estrutura física para o desenvolvimento de sua principal finalidade que é ofomento ao teatro e as artes em geral.
Proteção Legal:
Lei Municipal n°4.261 de 12/01/2007. Preservação de sua finalidade como entidade cultural e artística. Livro de Tombo das Artes Aplicada - Registro: n°003
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
De singela beleza, a Igreja Santa Cecília magnificamente localizada foi construídapela CSN em 1943, sua criação esteve intimamente ligada aos projetos de urbanização da então Vila operária. Numa área de 2.400m² com projeto inicial do arquiteto Antônio S. Pinto, com reforma e ampliação dos arquitetos Carlos Fest e Ricardo Tommasi, tornou-se um marcante cartão postal da nossa cidade.
Proteção Legal:
Decreto n° 2.116 de 23/12/1985. Preservação de suas características arquitetônicas originais. Livro de Tombo Histórico - Registro: n°004
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
De propriedade do comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros a Fazenda Santa Cecília (nome dado em homenagem a sua mulher baronesa Cecília Monteiro de Barros).
Foi uma das glebas que compunham a grande Fazenda Três Poços, área à margem direita do rio Paraíba do Sul. Após a morte do marido, a baronesa sobreviveu por mais 56 anos e deu extraordinário impulso agrícola e pecuarista as suas terras, uma das benfeitorias, foi construir o Engenho de Açúcar e Aguardente, na área central da Fazenda Santa Cecília.
Em 1903 é construído um grande Engenho de Açúcar e Aguardente, área central da Fazenda Santa Cecília, composto por chaminé e prédio anexo.
O Engenho de Açúcar e Aguardente funcionou até meados de 1920.
Em 1924 os diversos produtores de leite da região tomaram a iniciativa de constituir uma sociedade com finalidade de instalar, aproveitando as dependências do Engenho desativado, uma Usina de Beneficiamento do Leite utilizando tecnologia europeia, para produção de leite pasteurizado, manteiga e queijo para o mercado da cidade do Rio de Janeiro, é inaugurado em 1925 a Sociedade de Laticínios Santa Cecília Ltda. Em 1926, Volta Redonda se torna o 8º Distrito de Barra Mansa.
O Ciclo Leiteiro teve incidentes ao tempo da ditadura Vargas, a Comissão Executiva do Leite (CEL), fundada pelo governo federal, desapropriou sumariamente entrepostos de leite pertencentes a particulares (como a de Volta Redonda), obrigando simultaneamente que as Usinas de Beneficiamento de Leite se transformassem em Cooperativas e que em determinado perímetro só pudesse funcionar uma.
Na região a que se manteve foi a Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa, levando à desativação da nossa pioneira Santa Cecília, pelo presidente da CEL.
No advento da CSN na década de 1940, a indústria absorveu mão de obra local, e principalmente migrante de Minas Gerais. Grandes glebas de terra foram desapropriadas, o que mudou as características da cidade de Agrícola para Industrial.
Em 1965, durante o governo do prefeito Dr. João Paulo Pio de Abreu, suas instalações foram demolidas para a construção do que seria a ligação do bairro Aterrado com a Vila Santa Cecília (antes feita pelos trilhos) o Viaduto Nossa Senhora das Graças, tendo sido mantida a chaminé, por já nessa época ser considerada de grande relevância para o município.
Proteção Legal:
Decreto n° 2105 de 19/12/1985, Lei Municipal n° 2203 de 03 de junho de 1987Livro de Tombo Histórico - Registro: n°002. Preservação de suas características arquitetônicas originais.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
Considerada um dosprincipais ícones do período do "Ciclo do Café" nas terras de Volta Redonda, a fazenda Três Poços, sem dúvida a mais importante das propriedades cafeeiras locais e uma das mais significativas da Província Fluminense.
As terras que deram origem à fazenda Três Poços tiveram como primeiro proprietário Mateus Pereira de Araujo e Oliveira, que as adquiriu em 1784. Por volta de 1834 foi doada por José Gonçalves de Moraes ao seu genro comendador Lucas Antônio Monteiro de Barros, para se casar com sua filha Cecília Gonçalves de Moraes.
Com o casal a fazenda em 1860, vivenciou sua época mais próspera, atingindo a produção de 22mil arrobas e 330 toneladas de café em grão. Sua casa-sede foi construída na década de 1840 e corre por suas terras o rio Três Poços.
Com a morte do comendador, em 1864, a viúva d. Cecília de Moraes Monteiro de Barros, sobreviveu ao marido 56 anos,assumiu a propriedade e deu a ela grande impulso.
A partir de1871 a fazenda era servida de transporte ferroviário, e o escoamento do café se dava através da Estação Tres Poços, bem em frente acasa-sede.
Em 1908, D. Cecília, muito religiosa e vendo que não poderia continuar à frente dos negócios por muito tempo, saiu em busca de legatários para sua fazenda.
As informações sobre os "Monges Trapistas de Tremembé", seus feitos em atividades de evangelização e pastoral, bem como adventos de técnicas avançadas em agricultura, tornaram os monges a melhor opção para a herança da fazenda. O que fez D. Cecília sem nem mesmo consultá-los. Na época de sua morte 1918, 10 anos depois de ter registrado seu codicilo, osMonges Trapistas já tinham se decidido a fechar todas as unidades, pois perceberam a tendência de ser levado a extinção de seu mosteiro e a saída deles do Brasil, como de fato ocorreu.
Pelo lado de D. Cecília, embora seus testamentos e codicilos estivessem devidamente legalizados em cartório, depois do falecimento da proprietária, os Trapistas assumiram a propriedade e optaram pelo arrendamento, a entidade escolhida foram os Monges Beneditinos, a mais antiga ordem religiosa católica de clausura monástica.
O contrato de arrendamento, não estabelecia claramente como a fazenda poderia (ou deveria) ser usada pelo locatário; entretanto, este tentou ajustar o uso da propriedade aos desejos de D. Cecília pois criou em 1922, um Orfanato Agrícola. Um recorte de jornal de 1923 dá notícia à comunidadedo Rio de Janeiro da criação do empreendimento - Orfanato São Bento - situado na Fazenda, em Barra Mansa, onde seria provido aos internos do sexo masculino, educação primária, instruções práticas e técnicas agrícolas, e outros ofícios. A par disso, seria cuidado o lado moral e espiritual dos internos. Exatamente como determinara a matriarca da família.
Há de se notar que a Fazenda Três Poços, base da fortuna acumulada de D. Cecília de Moraes Monteiro de Barros, sempre apresentou bons resultados durante sua gestão, como atestam seu inventário.
Mesmo assim esse conjunto de bens, para continuar rendendo lucros, teria que ser administrado por pessoas com conhecimentos técnicos e da atividade rural, da lida com empregados e do mercado consumidor, aspectos esses que, tudo indica, não condizia mais com o trabalho dos Beneditino, por volta de 1929 tendo suas atividades encerradas. Através de uma carta do legatário - que modificava o contrato que estabelecia o uso beneficente- estava dado o respaldo para "fechar" o orfanato e, ato contínuo e conseqüente, a fazenda poderia passar a ter qualquer uso, inclusive como um negócio.
Enquanto as entidades religiosas antes mencionadas ocupavam Três Poços, tinha início em Volta Redonda, já emancipada de Barra Mansa em 17 de julhode 1954, um movimento com vistas à criação da Universidade de Volta Redonda (uma das idéias na época, seria criar uma universidade regional, a ser mantida por uma fundação, com verbas do município, que viria a ser a Fundação Oswaldo Aranha, constituída em 18/10/1967).
Proteção Legal:
A Prefeitura Municipal de Volta Redonda, através do decreto N. 243 de 18/10/1967, considera de Utilidade Pública, para fins de Desapropriação, o imóvel rural denominado Fazenda Três Poços, de propriedade da Associação Brasileira dos Trapistas de Tremembé, no seu artigo 20, determina que a desapropriação destinava-se a instalação da FOA e à expansão do município.
Decreto municipal nº 2.117, de 23 de dezembro de 1985. Preservação de suas características arquitetônicas originais. Livro de Tombo Histórico - Registro: n°003.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
Os períodos históricos pioneiros do "Ciclo do Café" e do "Ciclo da Pecuária Leiteira", tão importantes para Volta Redonda (que naquela época pertencia administrativamente a Barra Mansa) e apesar disso tão pouco conhecidos e valorizados pela historiografia local. Sob o aspecto temporal correspondem os dois períodos por cerca de 140 anos (1800- 1940) da história de Volta Redonda que se completam com os 63 anos do período industrial, a partir de 1941, com o início da construção da CSN. O próprio título nos remete àqueles períodos, primeiro quando as plantações de café tomaram conta dos morros e, depois da sua derrocada, os pastos para o gado leiteiro, atividades essas que contribuíram de forma significativa para a formação da riqueza nacional, já que as terras Volta Redonda estavam integradas ao contexto Vale-paraibano.
A importância dessa fazenda para a história de Volta Redonda - sem contar a arquitetura de época da casa sede e de parte das instalações agrícolas remanescentes - é que em suas terras foram vivenciados, diretamente, todos os ciclos econômicos que ocorreram na região.
A sua casa sede abrigou, assim, proprietários que administraram todas essas atividades ao longo do tempo e ainda recebeu a visita do presidente Getúlio Vargas, criador e idealizador da CSN.
Santa Cecília era uma das propriedades que faziam parte da grande FazendaTrês Poços e seu nome foi dado em homenagem à Santa Padroeira de dona Cecília de Moraes Monteiro de Barros, mulher do Comendador Lucas Antonio Monteiro de Barros, casal proprietário da Três Poços, até 1870. À partir daí, foi deixada em herança para a filha do casal. Passou por alguns outros proprietários até 1941, quando foi desapropriada pelo Estado.
As terras de Santa Cecília ainda se distribuem pelos municípios de Volta Redonda, Pinheiral e Barra Mansa onde, inclusive, fica a Mata da Cicuta (reserva florestal da Mata Atlântica), que através de Decreto Federal em 1985, pela importância que representa para a fauna e flora deste ecossistema, passou à condição de ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico).
Importante propriedade do Ciclo do Café em Volta Redonda, teve suas terras e benfeitorias (junto com as terras da Fazenda Retiro que, por sua vez, também eraparte da Fazenda Três Poços) desapropriadas em 1941, para que em grande parte de suas terras, fossem instaladas a Usina Presidente Vargas da Companhia Siderúrgica Nacional e a vila operária, com as habitações e os equipamentos urbanos de serviço e lazer necessários ao atendimento dos operários (em sua grande maioria vindos de Minas gerais).
No maior desses bairros está localizada a casa-sede e as instalações de serviço da fazenda.
A importância da Fazenda Santa Cecília para a história de Volta Redonda, é que em suas terras foram vivenciados todos os Ciclos de Desenvolvimento do AÇÚCAR (1800 à 1820), o do CAFÉ (1820 à 1890), o da PECUÁRIA LEITEIRA (até metade do século XX) e o da INDUSTRIALIZAÇÃO (de 1941 até os dias de hoje).
Estes aspectos a tornam especial e impar no contexto da cidade atual.
Proteção Legal:
Decreto n° 2119de 24/12/1985,Lei Municipal n° 2808 de 23/11/1992 Livro de Tombo Histórico - Registro: n°005.
A casa-sede e um entorno de 40.000m2 circunvizinhas a esta propriedade, foi declarada para preservação de suas características arquitetônicas originais, devido ao seu grande valor histórico-arquitetônico.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
No início dos anos 40, a nova cidade surge, a partir da construção da planta da siderúrgica e da vila operária, o local escolhido principalmente por questões políticas e estratégicas foi o 8º distrito de Barra Mansa. Em 1942, a CSN abre o recrutamento de mão de obra para a construção da Usina de Aço. E também de toda estrutura da cidade para abrigar as famílias precursoras neste projeto da Usina.
Em 1940, numa área de 12.000 m² o Engº Renato Braga Pereira, elaborou um projeto e teve suas fundações projetadas e construídas primeiramente com a finalidade de ser o primeiro hotel da CSN dada sua proximidade com a estação ferroviária. Em 1943, a CSN como proprietária da fazenda Santa Cecília, faz a doação desta área ao Governo do Estado do Rio de Janeiro para adaptar este projeto inicial com a finalidadede construir o grupo escolar destinado aos filhos de operários da Usina.
Inicialmente nomeado como Grupo Escolar Trajano de Medeiros, destinado à educação de crianças até 10 anos. Contava com um edificação de grandes dimensões, onde tinham salas de aulas no pavimento superior, e no pavimento térreo toda uma estrutura administrativa e apoio educacional para os alunos, como biblioteca e salas de atividades. O auditório de grandes dimensões e equipado com estrutura de palco e sala de exibição de cinema foi um importante ambiente para abrigar as primeiras iniciativas artísticas na cidade. O Grêmio Artístico denominado Gacemss, criado por funcionários da CSN, não possuíam sua sede própria e desta forma, utilizavam deste auditório para apresentações de peças de teatro e exibição de cinema . Em outubro de 1947, foi apresentado a 1ª peça teatral"A ditadora" do grupo de teatro mantido pelo Gacemss, e outras se seguiram na seqüência, todas apresentadas no auditório do Colégio Manuel Marinho.
O Grupo Escolar Trajano de Medeiros foi inaugurado em 1945 e a partir de 1966 foi denominado Colégio Estadual de Volta Redonda, com a ampliação de turmas do primeiro e segundo graus profissionalizante de educação. E no mesmo ano, 1966, por iniciativa e indicação dos professores Carlos Jorge de Melo e Tito de Paula, ambos da Escola Técnica, decidem homenagear o Amazonense Manuel Faustino Vieira Marinho, professor e pioneiro do ensino técnico profissionalizante em Volta Redonda, organizou, implantoue dirigiu a Escola Técnica Pandiá Calógeras, a partir de 1945 e afirmando o reconhecimento por ser um educador compromissado com a cidade.
E assim, a partir de 1966 foi denominada Colégio Estadual Profº Manuel Marinho, através da Lei Estadual 5.820. E em 1989 foi transformado em Instituto de Educação Professor Manuel Marinho, através do decreto nº 12.750 do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Proteção Legal:
Lei Municipal n°2.307 de 02/06/1988. Preservação histórico e cultural. Livro de Tombo Histórico - Registro: n°006.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
O território de Volta Redonda até 1822 fazia parte do terreno da Vila de João do Príncipe que fazia divisa com a Vila de Resende, Rio Barra Mansa desde sua nascente, pela margem esquerda do Rio Paraíba do Sul as fazendas Jararaca, Belmonte do Coronel Pedro Vieira Ferraz, Boa Vista (imediações de onde hoje é o bairro São Luiz), do Capitão Antônio Monteiro.
O que dominava economicamente a região era: pecuária com a criação de animais diversos e a agricultura das seguinteslavouras, cana de açúcar e café até meados de 1825 em 1832 as terras de Volta Redonda foram anexadas à vila criada no povoado de São Sebastião de Barra Mansa em ambas as margens do Paraíba.
A febre do café, depois de 1820, foi a responsável pelo surgimento de importantes fazendas da região que se estabeleceram às margens do Rio Paraíba do Sul. Em 1863 iniciou-se a construção da ponte de madeira que interligaria a margem esquerda (produtora), com a margem direita (a que fazia a distribuição da produção) do Rio Paraíba.
É nesse contexto que surge, no ano de 1870 a capela de Santo Antônio da Volta Redonda para atender o comércio e a religiosidade dos moradores das fazendas vizinhas que se interligará, na Segunda metade do século XIX, com a outra margem do rio à estrada de Ferro Central, colaborando com o desenvolvimento regional.
O Núcleo de Santo Antônio surge em meados do século XIX, vinculado a jurisdição de Barra Mansa, devido à proliferação das fazendas de café.
A primeira frente de urbanização foi o núcleo chamado Niterói, na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, que reunia a capela de Santo Antônio de Volta Redonda, edificações destinadas ao pouso das tropas, entreposto comercial, armazéns, comércio e algumas residências. Como o rio era navegável nesse trecho, fazia-se conexão de transportes de mercadorias para o Rio de Janeiro na estação ferroviária Dom Pedro II em Barra do Piraí, inaugurada em 1864, utilizada até 1871, quando a Princesa Isabel (então regente do Império), veio inaugurar a estação local de Volta Redonda, fato que causou um novo surto de progresso no 8º distrito de Barra Mansa, transformando ainda que temporariamente, no Entreposto Comercial da vasta zona geoeconômica.
A área era povoada por trabalhadores e fazendeiros das oriundos de Minas Gerais, muitos deles adquirindo velhas fazendas de café, algumas em decadência e outras quase arruinadas. Pontes foram abertas ao trânsito das tropas procedentes das Freguesias de Nossa Senhora do Amparo, São Joaquim e do município de Resende.
A Freguesia de Santo Antonio foi o primeiro povoado surgido em 1870.
A Igreja de Santo Antônio foi construída no período de 1870 à 1874, numa área doada pelo casal Pedro José Teixeira e Belarmina Ferraz Teixeira em um total de meio alqueire de terra, com escritura de doação datada de 13/10/1897.
A construção da capela era um grande desejo dos habitantes do povoado, pois os mesmos tinham muitas dificuldades de freqüentar a Igreja São Sebastião em Barra Mansa, porque apesar de ser a mais próxima, ainda assim demandava muitas horas para chegar lá.
Como meio alqueire de terra foram doados à Freguesia de Santo Antônio,o mesmo passou a ser o "padroeiro do povoado".
Em 1955 o povoado já estava emancipado, com Savio Gama como o primeiro prefeito do município de Volta Redonda, forma-se uma comissão para a reconstrução da Igreja, no lugar da capela demolida, no mesmo local, a atual.
Montou-se uma comissão para a sua obra, foi formada por : Dr. João Paulo Pio de Abreu, Jofre Catta Preta, Caetano Spinelli, e mais 2 mestres de obra.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 2717 de 19 de dezembro de 1991 Livro do Tombo Histórico - Registro: n°008.
Declarado de interesse da Comunidade, para efeito de tombamento e respectiva inscrição no Livro das Belas artes do Tombo Histórico, Arqueológico, Etimográfico e Paisagístico.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
O Memorial Zumbi foi criado em 1º de Junho de 1990, projetado e assinado pelo Arquiteto Selso Dal Bello e instituído para ser um centro cultural com o objetivo de fomentar e preservar a cultura afro.
Não é possível falar do Memorial, sem antes citar uma breve história de Zumbi.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo. Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as tropas do governo. Durante sua atuação a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
O Centro Cultural Quilombo Memorial Zumbi deve ser motivo de orgulho para toda cidade, não há nenhum outro local que se dedique tanto à memória de Zumbi de Palmares e a cultura afro brasileira com a estrutura deste aparelho cultural quepossuímos. É resultado da luta de muitos negros e negras, que vieram antes de nós e que se atentaram para a necessidade da preservação da história de um povo que construiu e constrói nosso país.
Entre os eventos oferecidos pela Secretaria de Cultura através do Memorial, estão o Sala doSaber, encontros mensais com apresentação de pesquisas voltadas para a cultura e movimento negro com rodas de conversa, além de lançamento de livros e apresentação de curtas metragens, e o Cine Zumbi onde mensalmente um filme com protagonismo negro é exibido gratuitamente.
O Memorial Zumbi, administrado pela Secretaria Municipal de Cultura que busca movimentar o cenário cultural da cidade, funciona de segunda à sexta-feira, de 10h às 21h, produzindo eventos em variados estilos e formatos. Observando-se basicamente dois tipos de uso: esporadicamente abriga eventos como de exibições; mas também atua como um espaço de memória centrado na figurade Zumbi dos Palmares.
Proteção Legal:
Decreto n° 4317 de 29/12/1992, Lei Municipal n° 2075 de 06 de novembro de 1985 instituiu o tombamento de bens que devam ficar sob proteção especial do Poder Público Municipal, Livro de Tombo Histórico - Registro: n°005.
Preservação de suas características arquitetônicas originais.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
Quando os eventos se transformaram numa Guerra Mundial, dispostos a interceptar remessas de alimentos e matérias-primas para a Inglaterra e os Estados Unidos, os nazistas, sem nenhuma declaração formal, empreenderam uma campanha submarina no Atlântico, na qual atacaram, de 15 a 17 de agosto de 1942, cinco navios brasileiros.
Este fato, junto com o levante popular, pois a população saiu às ruas exigindo um posicionamento, obrigou o governo brasileiro a abandonar a neutralidade que vinha mantendo. Em Janeiro de 1942, foi anunciado o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com a Alemanha, a Itália e o Japão. No dia 22 de agosto Getúlio Vargas reuniu o ministério para a declaração de guerra à Alemanha e à Itália.
O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente da Segunda Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) permaneceu na Itália cerca de 11 meses, dos quais quase oito na frente de luta, em contato permanente com o inimigo.
Aqui em Volta Redondaem torno de 20 expedicionários foram em campanha, graças a isto, fez-se necessário a construção de um monumento que homenageasse os grandes soldados.Em Monte Castello, Itália, até hoje são lembrados e reverenciados.
Proteção Legal:
Decreto n° 4319 de 29/12/1992, Lei Municipal n° 2075 de 06 de novembro de 1985, Livro de Tombo Histórico - Registro: n°009.
Preservação em face do seu significado para o povo Volta-redondense e que para tanto, será imprescindível conservá-lo com sua atual instalação.
Identificação de bens imóveis:
Histórico:
Um grupo de fundadores da siderurgia no Brasil, ex-funcionários da CSN, tinham um sonho e começavam a pô-lo em prática, se reunindo em Assembléia, para continuar o seu pioneirismo, criando uma instituição que é hoje a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda.
Organizadas por uma Comissão de Estudo, aquela Assembléia histórica do dia 20 de maio de 1973, ocorrida no Cine Avenida, na Av. Amaral Peixoto, Centro, aprovava a criação dos Industriários Aposentados da Região Sul Fluminense (AIARSULFLU), sendo eleito para presidir a diretoria provisória, Mário Pinheiro dos Santos, cujo mandato iria até 16 de março de 1974.
Os aposentados já tinham uma instituição para defender os seus interesses. E foram logo partindo para a luta.
Começavam uma história de lutas, que continua até os dias de hoje, com a elaboração de estudos e até de projetos de Lei para a recuperação dos salários dos aposentados e pensionistas.
Inicialmente ocupava sedes provisórias e hoje possui um sólido patrimônio, com imóveis próprios, modernas e acessíveis, que oferecem conforto e segurança aos seus funcionários e associados.
A maior unidade e mais utilizada pelas maioria dos 40 mil associados, é o Centro de Prevenção à Saúde do Idoso Roque Garcia Duarte(CPSI), em maio de 1998, diante das necessidades sociais dos aposentados e pensionistas de Volta Redonda.
Estruturado como um Centro de prevenção, assistência, capacitação, reabilitação e socialização. Coordenado pela Diretoria de Assistência Social, O CPSI tem como Instituição Mantenedora à AAP-VR. Encontram-se,comprometidos com o desenvolvimento de atividades sociais que atendam às necessidades específicas do idoso, associadoou não.Voltado para ações que garantemvárias atividades (todas voltadas ao condicionamento físico e mental) o idoso pode usufruir de ampla sala para fisioterapia, com vários boxes individuais (modernos equipamentos) alongamento, relaxamento, ginástica, yoga, pilates, tai chi chuan, excursões em outras cidades, entre outros.
Criada em 20 de Maio de 1973, a ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE VOLTA REDONDA, também denominada AAP-VR, é uma associação civil, que se enquadra como organização da sociedade civil de acordo com a Lei nº 13.019/2014, art. 2º,inciso I, alínea “a”, de direito privado, sem fins lucrativos, com duração por tempo indeterminado, sem distinção de cor, sexo, nacionalidade, raça, profissão, credo religioso ou político e com foro no município de Volta Redonda – RJ.
Citadas ao lado, algumas das atividades que entidade exerce para seus associados: Atividade de Associações de Defesa de Direitos Sociais, Atividade Médica Ambulatorial restrita a consultas e Odontológica, serviços de Assistência Social, Instituições de longa permanência para idosos,atividade de Recreação e Lazer e atividades de Rádio.
A AAP-VR tem caráter filantrópico, beneficente e objetiva promover por meio da assistência social, da saúde humana, da educação, do esporte, da cultura e do lazer, a melhoria da qualidade de vida dos idosos e dos seus associados e tem por finalidade entre outros tópicos a defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas, promoção das causas de caráter social e adoção de medidas para instituir assistência aos idosos, associados e seus dependentes, de acordo com o seu Estatuto e Regulamento Interno aprovados. Os serviços e benefícios prestados pela AAP-VR, dirigidos às famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, serão prestados de forma gratuita, continuada e planejada para seus associados e para quem deles necessitar, sem discriminação.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 2909 de 11 de junho de 1993 Livro de Tombo das Artes Aplicadas - Registro: n°002.
Fica tombada para fins de preservação de suas finalidades.
Rua General Oswaldo Pinto da Veiga – Vila Santa Cecilia – 27261-060 – Volta Redonda-RJ – Biblioteca 2º andar – (24) 3339-4205
smc@voltaredonda.rj.gov.br
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