Identificação de bens imóveis:
- Denominação: Capela de Santo Antônio de Volta Redonda.
- Localização: RuaNossa Senhora de Fátima, nº 10, bairro Niterói.
- Época da construção: Primitiva de 1870 à 1874 e a Atual em 1955.
- Proprietário: Cúria Diocesana de Volta Redonda e Barra do Piraí.
- Uso Atual/ Original: Templo Religioso.
- Autor do Projeto: Desconhecido / Construtor da capela original: Cap. José Carlos Viera Ferraz.
Histórico:
O território de Volta Redonda até 1822 fazia parte do terreno da Vila de João do Príncipe que fazia divisa com a Vila de Resende, Rio Barra Mansa desde sua nascente, pela margem esquerda do Rio Paraíba do Sul as fazendas Jararaca, Belmonte do Coronel Pedro Vieira Ferraz, Boa Vista (imediações de onde hoje é o bairro São Luiz), do Capitão Antônio Monteiro.
O que dominava economicamente a região era: pecuária com a criação de animais diversos e a agricultura das seguinteslavouras, cana de açúcar e café até meados de 1825 em 1832 as terras de Volta Redonda foram anexadas à vila criada no povoado de São Sebastião de Barra Mansa em ambas as margens do Paraíba.
A febre do café, depois de 1820, foi a responsável pelo surgimento de importantes fazendas da região que se estabeleceram às margens do Rio Paraíba do Sul. Em 1863 iniciou-se a construção da ponte de madeira que interligaria a margem esquerda (produtora), com a margem direita (a que fazia a distribuição da produção) do Rio Paraíba.
É nesse contexto que surge, no ano de 1870 a capela de Santo Antônio da Volta Redonda para atender o comércio e a religiosidade dos moradores das fazendas vizinhas que se interligará, na Segunda metade do século XIX, com a outra margem do rio à estrada de Ferro Central, colaborando com o desenvolvimento regional.
O Núcleo de Santo Antônio surge em meados do século XIX, vinculado a jurisdição de Barra Mansa, devido à proliferação das fazendas de café.
A primeira frente de urbanização foi o núcleo chamado Niterói, na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, que reunia a capela de Santo Antônio de Volta Redonda, edificações destinadas ao pouso das tropas, entreposto comercial, armazéns, comércio e algumas residências. Como o rio era navegável nesse trecho, fazia-se conexão de transportes de mercadorias para o Rio de Janeiro na estação ferroviária Dom Pedro II em Barra do Piraí, inaugurada em 1864, utilizada até 1871, quando a Princesa Isabel (então regente do Império), veio inaugurar a estação local de Volta Redonda, fato que causou um novo surto de progresso no 8º distrito de Barra Mansa, transformando ainda que temporariamente, no Entreposto Comercial da vasta zona geoeconômica.
A área era povoada por trabalhadores e fazendeiros das oriundos de Minas Gerais, muitos deles adquirindo velhas fazendas de café, algumas em decadência e outras quase arruinadas. Pontes foram abertas ao trânsito das tropas procedentes das Freguesias de Nossa Senhora do Amparo, São Joaquim e do município de Resende.
A Freguesia de Santo Antonio foi o primeiro povoado surgido em 1870.
A Igreja de Santo Antônio foi construída no período de 1870 à 1874, numa área doada pelo casal Pedro José Teixeira e Belarmina Ferraz Teixeira em um total de meio alqueire de terra, com escritura de doação datada de 13/10/1897.
A construção da capela era um grande desejo dos habitantes do povoado, pois os mesmos tinham muitas dificuldades de freqüentar a Igreja São Sebastião em Barra Mansa, porque apesar de ser a mais próxima, ainda assim demandava muitas horas para chegar lá.
Como meio alqueire de terra foram doados à Freguesia de Santo Antônio,o mesmo passou a ser o “padroeiro do povoado”.
Em 1955 o povoado já estava emancipado, com Savio Gama como o primeiro prefeito do município de Volta Redonda, forma-se uma comissão para a reconstrução da Igreja, no lugar da capela demolida, no mesmo local, a atual.
Montou-se uma comissão para a sua obra, foi formada por : Dr. João Paulo Pio de Abreu, Jofre Catta Preta, Caetano Spinelli, e mais 2 mestres de obra.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 2717 de 19 de dezembro de 1991 Livro do Tombo Histórico – Registro: n°008.
Declarado de interesse da Comunidade, para efeito de tombamento e respectiva inscrição no Livro das Belas artes do Tombo Histórico, Arqueológico, Etimográfico e Paisagístico.