Identificação de bens imóveis:
- Denominação: Clube Foto-Filatélico Numismático de Volta Redonda.
- Localização: Rua 19, n. 21, Bairro Vila Santa Cecília, Volta Redonda.
- Data da fundação da entidade: 31 de março 1954.
- Época da construção da sede própria: julho de 73.
- Proprietário: Companhia Siderúrgica Nacional.
- Uso atual: Museu da Memória do Trabalhismo Brasileiro/ Espaço Cultural/ Cursos/Espaço para Eventos.
- Original: Clube de Filatelia e Numismática..
- Autor do Projeto: Arq. Ricardo Tommasi.
Histórico:
O único museu de Volta Redonda, está construído no terreno que foi cedido há quase meio século para o Clube Foto-filatélico, sua sede que hoje abriga o único espaço dedicado à preservação da memória do trabalhismo brasileiro em nossa região.
Clube Foto Filatélico Numismático de Volta Redonda – instituição que já possuía mais de meio século de relevantes serviços prestados a sociedade da “Cidade do Aço” na área cultural.
Colecionador de inúmeros prêmios, muitos deles em âmbito internacional – fruto do engajamento de grandes homens e mulheres que empreenderam suas paixões coletivamente em prol de um movimento genuíno, o Clube, que se propunha a promover as artes fotográficas, filatélicas (coleção de selos) e numismáticas (coleção de moedas e cédulas), garantiu reconhecimento dos poderes municipal, estadual e federal com os inúmeros títulos de utilidade pública e certificações de grande valor social que recebeu nas mais de cinco décadas em que atuou.
Eventos de extrema relevância para a área da fotografia – que viveu seu apogeu durante as décadas que precederam a revolução tecnológica que experimentamos hoje, foram objeto de grande repercussão do nome da cidade de Volta Redonda entre os mais consagrados fotógrafos brasileiros e estrangeiros que viviam em sua essência a efervescência da magia que esta arte proporciona: a de eternizar os momentos. Até mesmo a ONU – Organização das Nações Unidas reconheceu o trabalho dos nossos artistas que realizaram eventos únicos e que marcaram a história da fotografia mundial, como a I Bienal de Arte Fotográfica em Cores do Brasil – uma ousada iniciativa empregada pelo time de craques do Clube Foto da nossa cidade, que foi um dos mais importantes e consagrados Clubes de Fotografia do país.
A “cidade modelo” foi de fato planejada e recebeu inúmeros investimentos inéditos no país, mas, não havia – até meados da virada do milênio – constituído um museu direcionado exclusivamente a organizar todo este conteúdo gerado no auge do período de construção da empresa e da cidade com toda a diversidade dos povos que se miscigenaram criando os “arigós”– expressão usada por muitos historiadores para designar o povo oriundo e fruto deste movimento.
Milhares de fotos, vídeos, áudios e notícias de jornais, rádio e televisão permaneciam espalhados pelos quatro cantos da cidade e fora dela. Alguma parte deste acervo, era mantido pelo Clube Foto-filatélico desde a década de 1970.
A empresa entregue nas mãos da iniciativa privada no início dos anos 90, também possuía um imenso acervo que constitui patrimônio material e que nunca foi disponibilizado à sociedade. Esse acervo é a certidão da nossa memória, que é o nosso patrimônio imaterial.
Em 2012, o Clube Foto-filatélico fundou e mantém desde então em suas dependências, o Museu da Memória do Trabalho Brasileiro – única instituição do tipo na cidade. Reconhecida pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, mantém acervo que preserva e difunde a história da transformação que o Brasil viveu com o seu ingresso no contexto da industrialização a partir da criação da CSN, que trouxe milhares de trabalhadores de todas as partes do Brasil e do mundo para o então distrito de Santo Antônio de Volta Redonda, criando uma cultura ímpar.
Proteção Legal:
Lei Municipal n° 2780 de 22/09/1992, Livro de Tombo Histórico – Registro: n°001. O edifício foi considerado de utilidade pública Municipal pela Deliberação n. 227, de 06 de outubro de 1959 e Estadual pela Lei n. 1021 de 17/07/86.Preservação de suas características arquitetônicas originais.